sábado, 9 de junho de 2012

PUTAQUEPARIU! Esse blog ainda existe...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"E se eu escolher de um jeito e você não gostar?"

"E se eu escolher de um jeito e você não gostar?"
Depois de pedir a ajuda ao filho para montar uma árvore de natal, a mãe se vê naufragando em perguntas acerca do melhor posicionamento de um par de enfeites que seu filho tinha em mãos. Depois de muitos "aqui tá bom?" e "o que você acha se eu colocar aqui?", a mãe, já um pouco alterada, diz para o garoto colocar os enfeites onde ele quisesse. Então, o filho diz em tom dramático: "E se eu escolher de um jeito e você não gostar?". O silêncio que se passa na sequência da cena foi perfeitamente premeditado para permitir que, tanto os personagens quanto aqueles que assistem ao filme, tenham uma breve e profunda reflexão acerca do que já foi exposto na história e do que se passa em suas próprias histórias. Sim, uma espécie de momento epifânico induzido, o clímax da reflexão a respeito de valores e comportamentos proposta pelo enredo do filme.
É muito fácil se identificar com aquele garoto de quase 18 anos. A decoração da árvore de natal pode muito bem metaforizar todas as escolhas a que somos obrigados fazer todos os dias de nossas vidas. Assim sendo, a preocupação do garoto acerca do julgamento que sua mãe fará a respeito do local que escolherá para colocar os enfeites simboliza, de uma forma surpreendentemente simples e tocante, todo a nossa preocupação, o nosso medo de que nossas atitudes e escolhas não sejam condizentes com o que as pessoas esperam e projetam para nós, principalmente aquelas pessoas pelas quais nutrimos um maior apreço.
Faz parte da essência humana ter esse tipo de cuidado. Nossa vontade está sempre limitada e às vezes inconscientemente condicionada a fazer as escolhas levando mais em conta o que os nossos próximos vão achar delas, não o que nós mesmos acharemos.

Véi, sabe o que é pior? Isso é certo! Não adianta querer se rebelar, querer fazer as coisas de uma outra maneira. Não dá pra "ser feliz" - entre aspas porque, sinceramente, não acredito muito nisso - se a cada passo que damos rumo a ela forçamos alguém a retroceder nesse mesmo caminho. É por isso que o garoto põe a mãe em primeiro lugar, perguntando a ela qual o local que ela gostaria que ele colocasse os enfeites. Se o local que ele escolhesse não a agradasse, por mais que no primeiro julgamento ele acreditasse que aquele era o melhor lugar possível, ele certamente removeria os enfeites e faria tudo novamente. Acontece que na vida, na maioria das vezes, não dá pra simplesmente "remover os enfeites" e fazer tudo de novo. Por isso que a cautela tem que ser ainda maior.
É assim que funciona, é assim que tem que ser.









P.S.: Se alguém quiser saber de qual filme se trata é só me perguntar depois.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Aviso aos pais: os namorados de suas filhas não são como o Edward, abram o olho!

Como todo mundo já sabe, estou de férias já há alguns longos dias. E como todo mundo já sabe também, estar de férias em casa é um puta saco, um tédio mortal simplesmente começa a 'ruliar' nossas vidas. E quando você não tem nada pra fazer, você começa a se aventurar em programas que, em tempos normais, você nunca se aventuraria. Pois bem, estava à toa na vida e o meu amor me chamou, pra ver a banda passar, cantando coisas de amor... opa! Definitivamente, não foi isso que aconteceu. Chamaram-me pra ir ao cinema, mais exatamente pra ir ver esse filme novo que parece que 'tá passando em todas as salas de todos os cinemas do planeta: Crepúsculo, que agora também atende pelo nome de guerra, Eclipse. Eis então o relato do meu martírio.

Pra começo de conversa, tenho total aversão a esses filmes 'de menina'. Não é preconceito, é que eu simplesmente não curto MESMO! Pelo que fiquei sabendo, Eclipse já é o terceiro filme da 'saga' - melhor nem comentar - Crepúsculo. Não vi, ainda bem!, nenhum dos anteriores.

Cara, que filme HORRÍVEL! História mais tosca, mais sem noção. Diálogos romanticamente ridículos. E aquele vampirinho bundão, então?! A mocinha lá na cama gritando, implorando "ME COME, PORRA!" e ele "não posso, tenho medo de te machucar...", "não tire a minha roupa, Bella." Ai meus coco, viu! Gastei 6,50 pra ver uma cena ridícula dessas.

Minha vingança será malígna, vou arrastar a cidadã que me fez ver essa porcaria pra ver Kick-Ass.

OFF: Por que ela não fica com o Jacob, o lobisomem?? Pelo menos muito mais bonito que o vampiro-bundão-bicha-que-brilha-no-sol ele é.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Tédio, PC Siqueira e Shopping

Cara, eu 'tou muito entediado.

No meu último mês de aulas, eu rezava fielmente todos os dias para que ele acabasse logo. Como já disseram por aí, cuidado com o que você deseja, porque você pode conseguir. E pá! Foi isso que aconteceu. Agora que a Copa já não preenche a programação televisiva como preenchia antes, minha vida ficou um saco. Não faço absolutamente nada o dia inteiro - em português vulgar, não faço mais porra nenhuma.

Em tempos normais, eu nem dava moral pra essas baboseiras que rolam pela internet, nas quais o povo é fissurado. Mas como o meu desespero é tão grande, resolvi dar uma olhada nesses vlogs que a gurizada curte. Achei o tal do 'Maspoxavida', do PC Siqueira. Achei até legalzinho. O cara fala sempre coisas bem óbvias - não entendam como uma crítica -, mas que ninguém nunca parou pra pensar antes. Sem falar que eu já tive meus tempos de nerd também, dos quais carrego alguns resquícios até hoje, então rola aquela identificação de leve. Mas como tudo nessa vida, chega uma hora que enche o saco e você volta a padecer do pior dos males, volta a desejar que um asteroide gigante caia na porta de sua casa só pra você ter, no mínimo, o que gansar - além de uma belíssima história pra contar pros amigos quando voltar à rotina, é claro.

E é nesse estádo que eu me encontro neste exato momento. Cansei de youtube, cansei de ler blog, de ver blog, de escutar a mesma música duzentas mil vezes, sempre cantarolando o refrão, coisa que também já perdeu totalmente a graça devido à intensidade da repetição.

E como entediado eu sou que nem o óleo Lubrax Top Turbo, topo qualquer parada, vou expor minha figura na amostra grátis do inferno: shopping em período de férias.

Shopping já é uma paradinha meio enjoada. A menos que você vá ao cinema ou a alguma outra coisa que esteja rolando no shopping, ficar caminhando olhando vitrine não é nem de longe um dos meus passatempos preferidos. Quem, assim como eu, mora longe do litoral saka muito bem a respeito do que eu vou dizer: cidade que não tem praia, vai todo mundo pro shopping de tarde. Em época de férias é o armageddon. Todos os catarrentos e catarrentas (leia-se: crianças e pré-adolescentes) da capital e adjacências infestam os corredores já lotados e tornam o que seria seu momento relax, zen, no momento mais tenso que um ser humano é capaz de aguentar. Quando estudava sistema nervoso periférico e me deparava com a expressão "limiar da dor" eu sempre pensava em um shopping cheio de crianças, pré-adolescentes-família-restart e similares.

Como ficar aqui sentado inflamando o coccix não é um exemplo do meu conceito de diversão, vou aventurar-me em um exemplo do meu conceito de NÃO-diversão. Vou aproveitar a companhia da minha queridíssima mãe e comprar umas paradinhas. Tênis, roupas e talz. Já 'tou precisando comprar esse tipo de coisa há uma data, mas nem virava de ir sozinho. Sim, eu já tenho 20 anos e até hoje não aprendi a escolher minhas próprias roupas. Sim, é minha mãe que escolhe pra mim. Sim, eu sei que isso é ridículo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Momento futebolístico

Goiás 3x1 Atlético-GO
Goiás 2x1 São Paulo
Flamengo 1x2 Goiás

DELÍCIA! UMA DELÍCIA!

As três últimas rodadas do Brasileirão 2010, antes da pausa para a Copa, foram simplesmente ORGASMÁTICAS pra mim. Detalhe: sempre de virada.

Primeiro, passar por cima das lagartixas - Atlético Goianiense - e trazê-las de volta à realidade. Depois de terem aproveitado o mau momento do Goiás e nos eliminado do Campeonato Goiano, eles perderam o respeito pelo manto sagrado verde e já cantavam vitória antes da hora. Para os rubro-negros goianos, fica a mensagem: Bem vindos à Série A.

Depois, ganhar do Fer... ops, do São Paulo. Um certo garoto mimado aí queria jogar com pessoas "inteligentes". Jogou e perdeu para o time que esnobou. Só posso dizer uma coisa, que vale também para todos os sãopaulinos e sua prepotência infinita: CHUUUUUUUPA BAMBIZADA!

Pra terminar a farra do boi, uma virada espetacular em 3 minutos, em cima do Flamengo, em pleno Maracanã. Há 24 anos que o Goiás não vencia os urubus em seu ninho. Além de quebrar o jejum, quebrou também a cara dos seguidores do time da Globo.

A felicidade transborda em meu rosto.

"... a vida toda eu vou torcer, eu sou Goiás, GOIÁS, até morrer!"

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Meu nome é Lucas

Meu nome é Lucas. Não, não é. Intitular-me Lucas foi apenas a forma como encontrei de tentar dar credibilidade a tudo que eu escrevo aqui. Ter um nome é importante para definir-se como pessoa, para provar que você existe. Quem não tem nome não tem história, não tem imagem, não tem vida. Quem não tem nome não tem o direito de escrever sobre si próprio, porque quem não tem nome não existe. E é por isso que eu me dei um nome, para que eu possa ser uma pessoa. Meu nome me permite ter gostos, desejos, rotina, personalidade. Meu nome me permite experimentar sentimentos. Sendo o Lucas, eu posso dizer que isso ou aquilo me dá prazer, que eu me sinto bem ou mal ao fazer tal coisa. Se eu não tivesse nome, eu seria um nada. E "nadas" não falam, não sentem, não fazem os outros sentir, não movem uma palha nesse mundo. Um nada é como uma gota na imensidão do oceano: sua presença ou ausência não faz a mínima diferença. Ainda bem que, para todos os efeitos, eu sou o Lucas.

Meu nome é Lucas. Meu nome é uma mentira. Meu nome me traduz.

Meu nome é medo, medo de ficar sozinho. E sabe o que é o pior? Eu já sou sozinho. Culpa minha, que não sei demonstrar afeto pelas pessoas. Não sei dizer um "pô, cara, eu gosto de você!". Insisto em tratar isso como boiolagem. Fazer amigos é boiolagem? Não sei e nem quero saber, porque isso não importa. O que importa é que eu sinto falta disso tudo. Sinto falta de ter alguém para quem ligar sem motivo material. Mentira, eu tenho a quem ligar. O que me falta é CORAGEM. Coragem de dizer "sim, eu aceito a sua amizade". Eu sinto pena de quem aposta em mim, de quem oferece sua amizade a mim. Eu sou um otário, um covarde. Tenho medo de me tornar dependente emocionalmente de alguém. Tenho medo de sentir aquilo que as pessoas chamam de "saudade". Que porra! Não queria ser assim.
Acho que vou dormir. Assim, quem sabe, por intermédio dos sonhos eu possa experimentar o que eu não conheço. O que eu escolhi, inconscientemente, não conhecer.
Meu nome é Lucas. O Lucas não existe. Eu não existo. Eu me escondo atrás do Lucas. Eu tenho medo de existir.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Palavras retidas na garganta, gestos retidos na intenção. É triste pensar no que poderia ter sido e não foi. O pior sentimento que pode acometer uma pessoa é o arrependimento, mas não aquele arrependimento de ter feito algo, mas sim o de NÃO ter feito. Infelizmente, eu garanto isso por experiência própria.